Qual a diferença entre MRP, MRP II, APS e ERP? Qual sistema é o ideal para minha indústria?

Entenda as diferenças entre MRP, MRP II, APS e ERP e descubra qual sistema é ideal para otimizar sua produção.

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Laura Motta

Copywriter

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Se você atua na indústria e sente que a gestão da produção precisa de mais controle, agilidade e previsibilidade, provavelmente já esbarrou com siglas como MRP, MRP II, APS e ERP. Mas afinal, o que cada uma faz? Elas se complementam? E qual delas realmente faz sentido para o seu negócio?

Neste artigo, a gente descomplica essas tecnologias e te ajuda a entender qual é o melhor sistema para a sua indústria, de acordo com o seu nível de maturidade operacional e os desafios que você enfrenta no dia a dia.


O que é MRP?

MRP significa Material Requirements Planning, ou em português, Planejamento das Necessidades de Materiais.

Esse sistema surgiu nos anos 60 como uma forma de resolver um problema clássico: a falta (ou o excesso) de materiais no estoque. A ideia era usar dados estruturados — como a lista de materiais (BOM), os pedidos de venda e os tempos de entrega — para calcular quanto e quando comprar de cada item necessário pra produção.

O que o MRP faz bem:

  • Evita rupturas de estoque
  • Garante que os materiais estejam disponíveis quando a produção precisar
  • Organiza a área de compras com base na demanda real

Limitações do MRP:

  • Não considera capacidade de máquinas ou pessoas — ou seja, pode sugerir produzir mais do que a fábrica dá conta
  • Ignora restrições reais do chão de fábrica
  • Planeja de forma linear, com pouco dinamismo

💡 MRP é ótimo pra quem quer sair da planilha e organizar melhor a compra de materiais, mas ainda é limitado para um controle fino da produção.

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O que é MRP II?

MRP II é a evolução do MRP. A sigla significa Manufacturing Resource Planning, ou seja, Planejamento dos Recursos de Manufatura.

Aqui, além de planejar as compras, o sistema começa a olhar também para os recursos produtivos, como máquinas, operadores, centros de trabalho, capacidade de produção, entre outros.

O que ele acrescenta:

  • Planejamento da capacidade de produção
  • Simulação de cenários com base em calendários, turnos e ordens de produção
  • Integração com áreas como controle de chão de fábrica, qualidade e manutenção

Pontos de atenção:

  • O MRP II ainda funciona em ciclos de planejamento fixos, o que o torna pouco flexível frente a imprevistos
  • A tomada de decisão ainda é “travada” — ele não é capaz de replanejar em tempo real

⚙️ MRP II é interessante pra empresas que já têm uma base de dados organizada e querem começar a entender melhor a capacidade produtiva.


O que é ERP?

O ERP (Enterprise Resource Planning) é um sistema de gestão integrada que conecta todos os setores da empresa — financeiro, compras, estoque, RH, comercial e produção.

O ERP tem uma visão macro e administrativa. Ele centraliza os dados e padroniza os processos, facilitando a tomada de decisões e evitando retrabalho ou perda de informação.

Benefícios do ERP:

  • Reduz erros causados por informações desconectadas
  • Melhora a comunicação entre departamentos
  • Automatiza tarefas administrativas
  • Garante conformidade e rastreabilidade

Limitações quando o assunto é produção:

  • O módulo de PCP costuma ser básico, sem considerar setups, restrições ou cenários complexos
  • Não replaneja em tempo real — o foco está na gestão, não na programação da produção

🧠 ERP é indispensável pra organizar a empresa como um todo, mas precisa ser complementado por ferramentas mais específicas quando o desafio é a produção.


O que é APS?

O APS (Advanced Planning and Scheduling) é um sistema de planejamento e programação avançada da produção, criado pra resolver o que os outros sistemas não resolvem: produzir de forma realista, com eficiência e agilidade.

O APS é capaz de considerar:

  • Capacidade real das máquinas
  • Tempos de setup
  • Calendários de manutenção
  • Prioridades de pedidos
  • Regras de sequenciamento
  • Recursos simultâneos ou alternativos

Além disso, o APS recalcula em tempo real se algo muda — como uma quebra de máquina ou uma alteração na ordem de prioridade.

Quando usar APS:

  • Quando a produção tem vários produtos, setups complexos ou demanda variável
  • Quando o cliente exige prazos curtos e previsibilidade
  • Quando a fábrica já tem um ERP, mas o planejamento ainda é feito “na mão”

Vantagens do APS:

  • Gera planos otimizados com base em algoritmos
  • Reduz tempos de setup e perdas
  • Dá visibilidade e previsibilidade pra toda a operação
  • Melhora a taxa de atendimento de pedidos (OTIF)
  • Ajuda a tomar decisões mais rápidas e seguras

🚀 O APS é ideal pra indústrias que já dominam o básico e agora querem escalar produtividade e competitividade.


Qual é o sistema ideal pra sua indústria?

A resposta é: depende do seu momento.

Pensa no caminho da maturidade da produção industrial como uma escada:

  1. Passo 1: Organização dos dados → ERP
  2. Passo 2: Controle de materiais → MRP
  3. Passo 3: Planejamento da capacidade → MRP II
  4. Passo 4: Otimização, agilidade e decisão em tempo real → APS

Ou seja, os sistemas não competem entre si — eles se complementam.

Muitas indústrias que já têm ERP e MRP II, por exemplo, enfrentam desafios no dia a dia porque o planejamento ainda não consegue acompanhar a velocidade da operação. Aí entra o APS, como uma camada de inteligência e agilidade sobre os dados que já existem.


Conclusão: tecnologia certa, na hora certa

MRP, MRP II, ERP e APS são ferramentas valiosas para a indústria. Mas, como qualquer ferramenta, funcionam melhor quando usadas no contexto certo.

Se sua operação é simples e você ainda não tem ERP, comece por aí.
Se sua produção já tem certa complexidade, considere um APS para alcançar um novo patamar de eficiência.

Na dúvida? Avalie seus maiores gargalos hoje. É a partir deles que você vai saber por onde começar.

Dica final: um bom parceiro de tecnologia pode te ajudar a montar a arquitetura certa de sistemas, de forma gradual, com baixo risco e retorno rápido.


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